O QUE ESTAMOS FAZENDO POR NOSSOS MENORES?

14/03/2014 11:27

Lajinha tem vivido um momento de precariedade no que se refere à atenção aos menores da cidade. Com muita frequência estamos vendo o envolvimento deles em ações criminosas, no tráfico e consumo de drogas, prostituição e principalmente furtos e roubos.

Mas, pergunto: O que estamos fazendo para, no mínimo, tentar conter esse mal que se alastra?

Não vemos nenhum ato por parte do poder público no que se refere a investimento para apoio e incentivo ao menor em seu desenvolvimento, além daquele obrigatório, que são as escolas.

Não poderia, por exemplo, a Secretaria Municipal de Cultura investir parte de sua verba nessa área? Atualmente a SMC tem investido em um grande evento semanal, chamado “Feirinha”, cujo objetivo seria uma ferinha, mas que passou a ser um ponto de lazer para a população e caiu na graça do povo. Não há nada de errado nisso. Mas, não poderíamos ter nesses eventos um espaço dedicado ao menor?

Tomemos como exemplo cidades vizinhas, também pequenas, como Irupi/ES e ainda menor como São José do Mantimento, onde está sendo investido em formação musical dos menores, com bandas e orquestras maravilhosas. Verba existe. Talvez falte iniciativa. Porque a SMC não investe em aquisição de instrumentos musicais, faça a contratação de profissionais da música e forme-se então grupos musicais, corais, bandas, orquestras, etc, etc. Esses grupos uma vez formados poderão ter espaço nas “feirinhas” com apresentações musicais, trazendo mais cultura para a população que até então só conhecem a cultura do forró, axé e funk nesses feirinhas. Investindo nesse tipo de aprendizado, muitos menores poderão ser inseridos de forma a saírem de uma vida sem nenhuma perspectiva. Temos, por exemplo, as turmas de estudantes do Tempo Integral – PROETI, tanto na esfera estadual como na Municipal, que podem ser inseridos nesse contexto dentro da própria escola através do incentivo da SMC.

Através da SMC os menores poderiam receber apoio não só com música mas também com arte. O desenvolvimento de artesanatos com, reciclados e outros materiais de fácil aquisição que poderia ser comercializados por eles nas feirinhas. Que as "FEIRINHAS" semanais tenha verdadeiramente "espaços culturais".

 Tive o privilégio de realizar um trabalho com música na turma do PROETI em nossa cidade no final de 2013 e pude observar o interesse daqueles menores e participar e, ao final, ficou o gostinho de “quero mais”, quando pude ouvir muitos pedidos de: “vamos fazer mais, não para”. Podem ter certeza, vou fazer mais. Dedico meu tempo ao voluntariado para proporcionar uma melhora de vida a eles. Por outro lado, com tristeza, ouvia com frequência palavras ofensivas do tipo - “bagunceiros, turma de moleque, não tem jeito com essa turma”. Precisamos fazer a nossa parte. Precisamos acordar para a nossa missão de orientar e educar. Menores sem uma estrutura familiar precisam de um apoio público para que não caiam na marginalidade e passem a viver à margem da sociedade.

O que vamos fazer então?

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